Desde a saída do país de origem até a entrega das peças no site do Projeto Cerrado, foram decorridos 136 dias, sendo necessário uma logística que empregou centenas de profissionais que atuaram no percurso de 11.621 quilômetros
Quando você passa por um comboio de carretas transportando enormes peças nem imagina a grande mobilização de profissionais que trabalham para entregar os equipamentos no prazo e ao destinatário. Às vezes, a lentidão na rodovia lhe causa revolta e indignação pelo atraso da sua viagem.
Porém você nunca parou para pensar que esses equipamentos transportados são peças importantes que vão fazer funcionar uma fábrica, que por sua vez gerará empregos e trará progresso e desenvolvimento para uma região.
No caso específico dessa matéria, refere-se à fábrica de celulose que a Suzano está construindo em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, onde atualmente emprega 10 mil trabalhadores.
O comboio que retratados na matéria, são parte dos equipamentos, denominados ‘tambores lavadores’ que serão utilizados na Fábrica de Celulose de Ribas do Rio Pardo chegaram em Mato Grosso do Sul. Os ‘gigantes’ já atravessaram o planeta. As peças foram encomendadas da Finlândia para a indústria da Suzano que está sendo construída no município.
Os equipamentos são de grande importância e fundamentais para a operacionalidade da fábrica. Porém até chegar ao destino, as imensas e pesadas peças precisaram percorrer milhares de quilômetros. Por onde passa, uma verdadeira força-tarefa de profissionais é mobilizada para dar suporte à logística da viagem.
Um exemplo disso foi quando passou por no trecho que liga Nova Andradina ao distrito da Casa Verde. O trânsito na MS-134, apresentou lentidão, causando grande filas de veículos. Inclusive, alguns motoristas ficaram assustados com os “grandões” durante o percurso.
Segundo a assessoria de imprensa da Fábrica de Celulose Suzano, os “tambores lavadores”, são equipamentos utilizados para “lavar” a polpa de celulose após os estágios de cozimento e depuração da madeira.
Ainda de acordo com a empresa, para a Fábrica que está sendo construída em Ribas do Rio Pardo, foram encomendados 10 equipamentos da Andritz, empresa austríaca responsável pela fabricação das peças e pela implantação das ilhas de processo da unidade. Desse total, quatro peças pesam 146 toneladas, com um diâmetro de 5,5 metros e 11 metros de comprimento.
Os outros seis equipamentos têm peso líquido de 87 Toneladas e medem 5 metros de diâmetro e 10 metros de comprimento.
TRAJETO PERCORRIDO
Para chegarem até o canteiro de obras da nova fábrica da Suzano, os “grandões” tiveram que percorrer 246 quilômetros entre a sede da Andritz, em Savonlinna e o Porto de Hamina, na Finlândia, de onde seguiram de navio para o Brasil.
território nacional, o trajeto das quatro peças de 146 toneladas foi do Porto de Santos (SP) até Ribas do Rio Pardo, percorrendo 1.175Km de trecho rodoviário. No total, foram 136 dias, sendo 58 dias de transporte internacional e 78 dias de transporte nacional.
Para as seis peças de 87 Toneladas, o trajeto foi do Porto de Paranaguá (PR) até Ribas do Rio Pardo, totalizando 1.640km. No total, foram 119 dias, sendo 94 dias de transporte internacional e 25 dias de transporte nacional.
Uma fábrica de celulose ‘muda a cara’ de uma cidade. Gera empregos e evolui drasticamente a economia de um município. Muito antes da fábrica entrar em operação, já consegue empregar milhares de trabalhadores. Durante o percurso das grandes peças, por exemplo, as empresas já precisaram contratar pessoas para realizarem o trabalho.
O primeiro equipamento de 87 toneladas chegou a Ribas do Rio Pardo (MS) em 24 de março de 2023. Já o primeiro ‘gigante’ de 146 toneladas chegou ao canteiro de obras no dia 10 de junho de 2023.
Até o momento, já chegaram sete peças, sendo três da pré-lavagem, três da depuração e um do branqueamento. Ainda faltam chegar três do branqueamento, que estão chegarão nos próximos meses.
Foram utilizados dois tipos de meios de transporte: rodoviário, para o transporte terrestre, tanto da fábrica da Andritz até o Porto de Hamina na Finlândia, como dos portos brasileiros (Santos e Paranaguá) até o canteiro de obras da Suzano. E o marítimo, para transporte das peças da Europa para o Brasil.
O transporte rodoviário dos ‘novos brinquedos da fábrica’ de 146 toneladas é realizado por meio de veículos com 18 eixos e dois cavalos, com comprimento total de 54,50 metros. Seu peso total, considerando a peça mais o conjunto transportador, é de 272 toneladas (peso bruto total).
Já o transporte da peça de 87 toneladas conta com veículos de 12 eixos, uma plataforma de 12 metros e um cavalo, com comprimento total de 44,00 metros. Seu peso total considerando a peça, mais conjunto transportador é de 195 toneladas (peso bruto total).
Para descarga do equipamento maior (146 toneladas), foi utilizado um guindaste de esteira com capacidade de 800 toneladas. Já os tambores menores são descarregados com dois guindastes de 220 toneladas cada.
Para os transportes de peças com dimensões tão grandes, é realizado um estudo minucioso de viabilidade e definição da rota. Nele, está detalhado todo o trajeto a ser percorrido, as condições das estradas e quais serão as adequações necessárias para o percurso. O objetivo da Suzano é garantir, principalmente, a segurança de todos os envolvidos, tanto as equipes envolvidas no transporte quanto todos os usuários das rodovias.
Para isso, além do apoio das equipes empenhadas na operação, é importante destacar ainda o apoio dos Departamentos de Estradas e Rodagens (DER) dos estados, concessionárias rodoviárias, companhias de energia elétrica e telefônicas e prefeituras das cidades por onde as peças passaram, além do apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que acompanhou a operação durante todo o trajeto percorrido.
FÁBRICA DE CELULOSE EM RIBAS DO RIO PARDO
A construção da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, na região central de Mato Grosso do Sul, foi iniciada em maio de 2021. A previsão é que a indústria esteja em operação no segundo semestre de 2024.
A companhia investe R$ 22,2 bilhões para instalar a planta de celulose, que terá capacidade de produção de 2,550 milhões de toneladas por ano – uma das maiores do mundo. Quando estiver produzindo, a fábrica vai empregar diretamente 3 mil colaboradores, diretos e mais de 9 mil indiretos.
Foto capa: Portela/Nova News
Fotos interna: Assessoria de Comunicação
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