22/09/2015 12h34 – Atualizado em 22/09/2015 12h34
Já está virando rotina a ocorrências de animais mortos na Lagoa Maior e por esse motivo o promotor quer que as autoridades tomem providências antes que alguma situação de maior gravidade aconteça no cartão de visita de Três Lagoas
Ricardo Ojeda
O promotor de Justiça e Meio Ambiente de Três Lagoas, Antonio Carlos Garcia de Oliveira notificou através de oficio a prefeita Marcia Moura, o secretário municipal de Meio Ambiente, Antônio Rialino, a Polícia Militar Ambiental, Imasul e o Ibama para a retirada imediata dos animais que fazem da Lagoa Maior seu habitat natural. Oliveira determinou ainda em seu oficio que a retirada dos jacarés da espécie papo amarelo deve ser feito imediatamente, caso não for cumprida a solicitação ele vai proceder judicialmente.
ATAQUE
O representante do Ministério Público disse que teme a ocorrência de um problema mais grave, envolvendo um ataque a alguma criança que passeia pelo local. De acordo com Oliveira, a cadeia alimentar é muito abundante do local, como as capivaras, gansos e patos que servem de alimentos aos jacarés e as cobras sucuris.
No oficio é solicitado ainda a população exata de capivaras, que podem comprometer a vegetação local devido excesso de animais.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Por sua vez, o secretário municipal de Meio Ambiente, Antonio Rialino disse ao Perfil News que já foi feito uma pesquisa, constatando uma população de 150 capivaras e 15 jacarés, sendo cinco adultos e 10 de tamanho médio. Em relação cobra sucuri, Rialino não soube precisar, porém arriscou ter no local umas quatro espécies da cobra.
A intenção da secretaria do Meio Ambiente é realizar uma Audiência Pública para debater com a sociedade, professoras e autoridades ligadas ao meio ambiente qual o procedimento tomar em relação aos animais e à Lagoa Maior, se vamos cercá-la. Para onde serão removidos os animais. Para isso, ele já enviou uma CI (Comunicação Interna) ao setor da prefeitura que cuida de licitações para contratar uma empresa que vai organizar o evento. “O documento foi enviado há uns 40 dias e até o momento não tivemos uma resposta quando à solicitação”, reiterou o secretário.
IMPACTOS AMBIENTAIS
Enquanto a audiência não ocorre, a Lagoa Maior vem sofrendo impactos e agressões cotidianamente. Está virando rotina encontrar animais mortos nas margens da lagoa. Em alguns pontos, o óleo, provindo dos esgotos residências e das vias públicas deixam a agua com bolhas devido a intensidade da agressão. O óleo e o esgoto despejados no local estão comprometendo a biodiversidade, inclusive em alguns pontos causando mal cheiro, situação que causa desconforto aos frequentadores do principal cartão de visita de Três Lagoas.
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